achava que, colecionando lembranças, podia fazer voltar o tempo. as lembranças foram se somando, atulhando a mente, o corpo, o quarto. em meio a tanto passado, o tempo não conseguia passar. ia já morrendo quando um vento escancarou a janela e foram-se, voando, todas as fotografias, todas as cartas, os cheiros, os olhares. no vazio da alma limpa, podia enfim brotar outro amor.
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