28 março 2012

proustiana

tarde assim, paulistanamente nublada, pouco úmida. luz esbranquiçada invadindo a janela e os meus olhos, fotofóbicos. manta nos pés, chá preto na xícara de porcelana. em vinil, beatles na vitrola acompanhando lições. toda a casa cheirava bem, rescendia comida boa, pãezinhos. e pelas costas da minha adolescência, os passos de minha mãe, quase inaudíveis.

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